Bem-estar Animal
Ver TodasVÍDEO: A relação entre saúde do úbere e qualidade do leite
A ocorrência de mastite é uma grande preocupação e problema nas propriedades leiteiras. A inflamação da glândula mamária compromete o bem-estar animal devido à dor local. Além disso, representa grande prejuízo econômico devido a redução do volume e da qualidade do leite. Os custos com o tratamento dos animais acometidos também somam prejuízo aos produtores. Ocorrências persistentes ou crônicas podem resultar, inclusive, no descarte do animal.
A doença pode ser classificada como clínica e subclínica. Na apresentação clínica, são observadas alterações no leite e no animal. Já a forma subclínica é de caráter silencioso, de forma a impedir o diagnóstico a olho nu.
Os fatores que predispõem o desenvolvimento das ,mastites contagiosa e ambiental estão associados à falta de higiene na operação de ordenha e às condições inadequadas das estruturas de alojamento.
Nossas recomendações
• Rigor nas boas práticas de ordenha, as quais incluem limpeza e desinfecção dos equipamentos/instalações/utensílios e realização de pré e pós-dipping.
• Utilização de produtos especificados para pré e pós-dipping e aprovados pelos órgãos
competentes (MS/Anvisa/MAPA). Os recipientes utilizados para fracionar os produtos devem ser claramente identificados;
• Identificação dos casos de mastite clínica por meio do descarte dos primeiros jatos de
leite em caneca de fundo preto;
• Segregação das vacas acometidas por mastite clínica e afastamento das vacas portadoras
de mastite crônica;
• Realização periódica do California Mastitis Test (CMT), para a identificação dos casos de
mastite subclínica;
• Baseado no teste de CMT, realização de linha de ordenha, de modo a deixar as vacas acometidas por mastite subclínica para o final;
• Manejo sanitário nos ambientes de permanência e circulação dos animais e identificação
das partes do sistema que demandam reforma estrutural;
• Adequação às Instruções Normativas 76 e 77 do MAPA, que determinam os limites máximos para CCS (contagem de células somáticas) e CBT (contagem bacteriana total) de
500 mil células/mL e 300 mil UFC/mL, respectivamente. São desejáveis resultados de CBT
inferiores a 20 mil UFC/mL e de CCS inferiores a 200 mil células/mL.
• Registro dos casos (caderno de incidência de mastite, por exemplo) e planejamento de
ações que limitem as ocorrências de mastite clínica em até 3% e mastite subclínica em até
20% das vacas em lactação.
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Crédito da foto: jcomp / Freepik